O país que abriga muitas variedades encontra dificuldades com o clima e incentivos com a exportação.
O Brasil se encontra como o terceiro maior produtor de frutas no mundo, a fama do país de “tudo que planta, dá” vem se consolidando cada vez mais. Só perde para China e Índia. A maior procura por um estilo de vida saudável, dieta balanceada aliada a qualidade das frutas brasileiras vem impulsionando o setor. E a boa notícia é que projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) indicam que o consumo per capita de frutas, no Brasil e no mundo, deve continuar crescendo.
Há uma grande diversidade na produção de frutas do Brasil, já que as lavouras estão espalhadas por todas as regiões do país. As mais produzidas são: banana, laranja, uva, abacaxi, maçã e melancia. São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e Minas Gerais são destaques além do Vale do São Francisco, importante polo que conta com tecnologia de irrigação e se destaca em produção de manga (85% para exportação) e 95% da produção nacional de uva de mesa.
Pêssego, maça, uva, ameixa, pêra, figo são frutas que precisam de bastante frio mas frio fora de época pode afetar a produção. Já a banana precisa de clima quente e bastante sol. Laranja e goiaba não gostam de geada. Todas as variedades dependem de clima específico e água.
Outro importante desafio está na tonificação, com tecnologias que ajudem a aumentar o cultivo e resultar em frutas de qualidade tanto para o mercado interno quanto para o externo. Aspecto que passa também pela profissionalização da atividade.
O terceiro obstáculo pelo qual o produtores de frutas passam é o controle de pragas e doenças como o greening no citros, sigatoka negra na banana, larva no melão e a mais recente mosca na carambola, entre tantas outras. O difícil controle impacta na produção e nos ganhos finais da safra.
Sem citar as produções para lazer, aonde o pequeno produtor rural produz para o próprio consumo e bem-estar. O cultivo de fruteiras em pequenas propriedades, geralmente, ocupa até 10 hectares, porém, este conceito pode variar em função da espécie plantada.
Por exemplo, 10 hectares de uva é considerado empreendimento de porte considerável, com custos elevados. As espécies frutíferas que podem ser cultivadas variam em função das condições climáticas, do tipo de solo, da disponibilidade de água, da localização e do objetivo da atividade. Assim, temos lugares onde são encontradas laranjeiras, tangerineiras, abacateiros, mangueiras e outras fruteiras, numa só área. Já em outras, encontramos apenas laranjas ou pocãs.
O Brasil apresenta excelentes condições para se tornar um dos maiores polos produtivos de frutas tropicais para o mercado mundial. Seu clima permite a produção de todos os tipos de frutas tropicais e algumas delas proporcionam mais de uma safra por ano. Tradicionalmente, a formação de um pomar era recomendada pelos serviços de extensão e de economia rural, como alternativa econômica e de fixação do homem no campo. Inclusive, porque por meio do hábito e do gosto pelo cultivo de árvores frutíferas, o agricultor poderia expandir-se em outras atividades agrárias, e assim, permanecer cultivando a terra.
Fontes: www.cpt.com.br / www.agrolink.com.br / abrafrutas.org
Imagem: pinterest