O conceito ‘meritocracia’ foi criado por Michael Young na década de 1950 e tinha como objetivo criticar o sistema de ensino britânico, de maneira a comprovar como certas estruturas favorecem algumas aptidões em prol de outros. Traduzindo, a ideia do autor era evidenciar as injustiças presentes na educação, mostrando a realidade da obtenção do conhecimento.
Diante dessas análises, cabe ressaltar que basear a formação intelectual brasileira em uma visão irreal, é tentar alienar a população buscando ferramentas de dissociação da verdade e não demonstrar as ressalvas de Young quanto ao ensino aplicado. Tais métodos tornam as instituições retrógradas e pouco convencionais já que a justiça social necessária na educação é deixada de lado.
É por isso que torna-se cada vez mais plausível lembrar aos alunos que não se deve “medir seus esforços com a régua alheia”, ou seja, mostrar-lhes que o aprendizado é uma construção individual e gradativa. Apesar do destino final, o vestibular, ainda ser uma prova baseada na concepção arcaica de conhecimento. As investigações acerca do social por trás dos estudos são cada vez mais abrangentes e criteriosa. Para que assim possamos nos relacionar de maneira menos errônea e mais saudável com o aprendizado.