Nesta terça-feira 08/12 completa mil dias da morte de Marielle Franco, vereadora do PSOL, mãe, esposa e uma mulher que lutava pelo seus ideais, Marielle no dia 14/03/2018 foi assassinada em um atentado ao carro onde estava, 13 Tiros atingiram o veículo, matando também o motorista Anderson Pedro Gomes.
Desde o dia 14 de março de 2018, são quase 24 mil horas, mil dias, em que imprensa, famílias, polícia e ativistas no mundo inteiro se perguntam: por que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes? Alguém encomendou o homicídio? Se sim, quem foi?
Mesmo com as investigações, buscas e espiculações ainda não há uma resposta concreta para a família e a para a sociedade. As duvidas continuam e as investigações também.
- Quem foi Marielle Franco?
Marielle Franco é mulher, negra, mãe, filha, irmã, esposa e cria da favela da Maré. Socióloga com mestrado em Administração Pública. Foi eleita Vereadora da Câmara do Rio de Janeiro, com 46.502 votos. Foi também Presidente da Comissão da Mulher da Câmara. Sempre presente nas lutas sociais, o intuito dela era sempre conectar e inspirar milhares de jovens, negras, LGBTQIA+ e periféricas a seguirem movendo as estruturas da sociedade.
Marielle se formou pela PUC-Rio, e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua dissertação teve como tema: “UPP: a redução da favela a três letras”.
Iniciou sua militância em direitos humanos após ingressar no pré-vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré.
Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e construía diversos coletivos e movimentos feministas, negros e de favelas.
Aos 19 anos, se tornou mãe de uma menina. Isso a ajudou a se constituir como lutadora pelos direitos das mulheres e debater esse tema nas favelas.
- Nova pista do assassinato
Novas pistas surgem no intrincado quebra-cabeças em que se transformou o caso. Uma delas pode levar ao responsável pela clonagem do Cobalt usado na emboscada às vítimas, em março de 2018.
Os investigadores descobriram que Eduardo Almeida de Siqueira, morador da Muzema, favela dominada pela milícia, clonou um veículo com as mesmas características do carro dos assassinos entre janeiro e fevereiro daquele ano, portanto, próximo ao mês do crime. Coincidência ou não, Bruno Castro, advogado de Siqueira, também defende o sargento reformado da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado de atirar em Marielle e Anderson.
- Ex-bombeiro: suposto mandante
Além da nova pista, a polícia segue outras linhas de investigação. Uma delas é de que a ordem para matar Marielle partiu do ex-bombeiro, ex-vereador e miliciano Cristiano Girão. O objetivo seria se vingar do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL). Girão era um dos nomes na lista da CPI das Milícias, em 2008, presidida por Freixo. O parlamentar é considerado o “criador” de Marielle. O miliciano ficou preso até 2017, um ano antes do crime.
Mas ainda não existe comprovações, mas a justiça, a mídia, a sociedade e principalmente família de Marielle buscam uma conclusão e finalização do caso para que Marielle descanse em paz.
Fontes: extra.globo.com / www.institutomariellefranco.org / g1.globo.com
Imagem: pinterest